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Namoro na escola: qual o limite?

Photo by Banter Snaps on Unsplash

Esse artigo foi escrito em 2007 para o Jornal interno do Colégio Santo Antônio, quando Anna Cláudia era professora de Oficina de Convivência e Cidadania na Instituição.

 

A escola é um grande ponto de encontro, paqueras, amizades, relações sociais dos adolescentes.

Lembro de uma técnica que fizemos nas oficinas: redografia. Cada estudante deveria mapear sua rede de relações sociais seguindo alguns eixos: família, escola ou trabalho, amigos, outros (bairro, clubes, igreja, etc). Muitos vieram me perguntar o que fazer, ao perceberem que os nomes que listavam em amigos se repetiam em escola.

É inegável o papel da escola enquanto “organizadora” da rotina e espaço privilegiado de socialização, formação e interação entre os adolescentes. Pois bem, se a escola é também ( digo também, porque a escola tem como função primordial o ensino e aprendizagem, mas não se esgota nisso) um local de encontro e socialização, não teria como imaginar que namoros, rolos, ficadas não aconteceriam nesse espaço.

A questão se complica quando um casal está um pouco mais, digamos, animado, e se esquece que está em um local público, em que circulam pessoas de várias idades, com diferentes valores e compreensões do mundo. Vamos pensar de um outro jeito: por exemplo, alguém vai de biquíni à Igreja? Não. Alguém vai de terno na praia? Não. Exatamente porque as regras e convenções sociais normatizam comportamentos, vestimentas, posturas e, como não poderia deixar de ser, relações. E essas regras não estão escritas em nenhum lugar, porém estão no “ar” e nos marcam.

Não vou entrar num papo careta de não vale ficar, não vale namorar, não vale nada na escola. Não é isso. Mas tem carinhos e demonstrações de afeto que são sinal de intimidade e proximidade entre um casal e, assim sendo, devem ser reservados para os momentos de privacidade desse casal. É comum a empolgação tomar conta, pois, muitas vezes nosso corpo e coração estão sentindo algumas emoções que nem nós mesmos conhecíamos. Porém, é importante parar pra pensar e escolher os momentos e locais para expressar nosso carinho apaixonado.

Paixão é tudo de bom e acho essencial! E tem hora e lugar!

Photo by Timothy Dykes on Unsplash